segunda-feira, 27 de julho de 2009

Virará rotina fazer planos em braços alheios, que não sejam os seus. Desde que eu não te amo, desde que você não me ama. As coisas mudaram, e eu consigo compreender que foi melhor assim. Pra mim, e pra você. Eu sempre pensei que era melhor, e me acomodava na teimosia e na insistência de ceder. Seriamos bons, se conseguissemos ser jovens para sempre. Naquela ânsia de saber se vai vir ou não, nas borboletas que insistiam invadir até ambas as almas. Aprofundando cada sentimento, sensação e situação, estávamos ali. Um olhando para cada espelho diante do outro, a relação refletindo os erros, e os erros separando os corpos. Que amavam distantes, ou seria um sentimento inexistente? Foi algo confuso, mas é verdade... Tudo que vem rápido, se vai de pressa. A idéia vaga de seus impulsos diante de minhas decisões calmas. Você nunca as esperava. É, quem imaginava? Deteriorou pessoa por pessoa, todas essas que fomos e contracenamos em um teatro de nós dois. Platéia: nossos mil jeitos. Dois seres que se diziam doentes pelos próprios planos; Planos incertos, toques impossíveis. Embora fora perfeito viver tantos momentos, uma hora a cena para, pausa. Mas não é aqui que acaba, o stop não é aqui. Tudo tem um sentido, e acredito que o fim não está próximo. Digo, ele está, mas apenas para esse vômito de palavras absurdas que solto com o desejo de que ninguém leia.
O importante é que não imaginava que me sentiria tão bem, na verdade. Minhas mãos não estão tão firmes, mas agora elas não estão presas, podem se movimentar sem pressão, sem controle e limitações. Meus pés ainda estão indecisos... Passado, presente ou futuro? Arrastá-los novamente pra aquele quarto com aquelas pantufas gays, ou sair desse apartamento - infernal - que me queima e avermelha os olhos? Gostaria de acabar isso aqui de outra forma, mas eu saí. Voei, porque ficar parado não é comigo. Sonho ou pesadelo? Tanto faz agora que abri os olhos.

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